A Renova Energia (RNEW3) encerrou o pregão com alta de 2,38%, cotada a R$ 0,86, após abrir o dia a R$ 0,84 e atingir a máxima de R$ 0,90. O volume financeiro negociado foi de R$ 183.513, distribuído em 769 transações. Apesar do desempenho positivo no dia, a ação acumula queda de 8,51% em 2025 e um recuo de 25,21% nos últimos 12 meses.

A companhia é uma das pioneiras no setor de geração de energia renovável no Brasil, atuando com fontes eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Seu modelo de negócios é integrado, abrangendo desde a prospecção até a operação dos empreendimentos.

Fundada em 2001 por Ricardo Delneri e Renato Amaral, a Renova deu seus primeiros passos com a aquisição de três PCHs do Complexo da Serra da Prata, logo em 2002. Em 2007, recebeu um investimento de R$ 30 milhões do fundo de Private Equity InfraBrasil. Dois anos depois, outro aporte de R$ 50 milhões foi realizado pelo mesmo fundo. O IPO da empresa ocorreu em 2010.

A partir de 2011, a Renova passou a contar com a parceria estratégica da Light/Cemig, que investiu R$ 360 milhões. Nos anos seguintes, a empresa ampliou sua presença no setor eólico, entregando 14 parques em 2012 e inaugurando sua primeira usina solar em 2013. Em 2014, a Cemig GT passou a integrar o bloco de controle da companhia, fortalecendo sua posição no setor.

A expansão também incluiu a compra de 51% da Brasil PCH em 2014, adicionando 148,4 megawatts ao seu portfólio de geração. Atualmente, a Renova opera três PCHs no sul da Bahia e mantém o foco na geração eólica como principal linha de negócio desde 2006.

Em 2018, a empresa registrou receita operacional líquida de R$ 709 milhões. No entanto, esse resultado veio acompanhado de um prejuízo líquido de R$ 856 milhões. A maior parte da receita naquele ano foi originada da comercialização de energia de projetos ainda não operacionais, o que levou a empresa a arcar com altos custos na compra de energia para revenda.

Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas em anos anteriores, a Renova segue apostando em fontes limpas e renováveis, em consonância com as tendências globais de transição energética. A atuação integrada e o histórico de investimentos indicam uma estrutura preparada para enfrentar os desafios do setor e buscar novas oportunidades no mercado.