
A Prefeitura Municipal inaugurou, nesta sexta-feira (17), a nova estrutura de atendimento do PA (Pronto Atendimento) da zona sul, na Rua Antonio Pereira da Silva, nº 288, na Vila Hípica.
A Prefeitura informou que o PA passou a ter atendimento 24 horas, com 20 médicos, sendo cinco pediatras além de setor de radiologia e laboratório de análises clínicas ampliado.
Além do atual prefeito, Vinícius Camarinha (PSB), estiveram presentes o deputado Abelardo Camarinha (PSB), o reitor da Unimar (Universidade de Marília) Márcio Mesquita Serva, o secretário da Saúde, Hélio Benetti, o padre Luiz Eduardo Cardoso, da Paróquia Santa Rita de Cássia, e alguns vereadores da situação.
Palanque político eleitoreiro
O evento oficial da Prefeitura de Marília virou um palanque político para que Abelardo Camarinha fizesse um discurso inflamado à sua base política e difamasse um dos pré-candidatos à prefeito de Marília, Daniel Alonso (PSDB).
Camarinha chamou Daniel Alonso de “caloteiro”. O nobre deputado assumiu que todas as pessoas contraem dívidas, mas fez uma estranha distinção. “Nós devemos”, disse Camarinha, “o Márcio [Mesquita Serva] deve ao banco, o Camarinha deve [referindo-se à si mesmo na terceira pessoa] … mas nós pagamos”.
Falando diretamente para a câmera da TV Sol canal 13, que é de propriedade da família de Daniel Alonso e cobria o evento público, Camarinha tentou dividir a sociedade mariliense ao insinuar que Daniel tivesse problemas com o reitor da Unimar, Márcio Mesquita, e sua filha, Márcia. “Você não serve pra engraxar o sapato do Márcio”, disse Abelardo Camarinha enquanto era aplaudido pelo público convidado presente.
No final, ao término daquilo que ele considerou ser “críticas construtivas”, o deputado afirmou que “todas as escolas, todas as Emeis, todas as ruas, todo o Sesi” na zona Sul foram construídos pelo prefeito Camarinha, referindo-se à si mesmo na terceira pessoa novamente.
Vale lembrar que Camarinha teve seu mandato de deputado cassado e os direitos políticos suspensos em janeiro deste ano devido a condenação por atos de improbidade administrativa. Camarinha, e José Luís Dátilo, ex-secretário municipal de obras públicas à época, deverão devolver mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos do município. Eles foram condenados por malservação de verbas públicas destinadas à construção da barragem do Córrego de Ribeirão dos Índios, sistema de captação, adução e estação de tratamento de água, que encontra-se atualmente abandonado.